
Os ponteiros do relógio
andam em seu ritmo contínuo,
indicando aos observadores
que o passar do tempo
deixa pra trás
as oportunidades de retomar
aquilo que se esvai,
que escorre
como a areia,
de uma ampulheta quebrada,
por entre os dedos.
O tempo que passa
não volta atrás
e qual, um mestre implacável,
não ensina duas vezes
a mesma lição.
Os ponteiros insistem em andar
tranquilos,
sem a pressa habitual
que toma a vida
dos homens que,
não conhecendo
a paciência do tempo,
veem passar momentos,
momentos ricos
para que palavras mudas
voltem a soar,
ainda que não ecoem
em ouvidos egoístas
de pessoas que,
mesmo com o passar do tempo,
insistem
em não aprender,
ou não conseguem
enxergar aquilo,
que como
os ponteiros girando,
está a um palmo
do seu nariz.
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