
Dia passa,
dor fica...
Dor ora fraca,
hoje forte,
insiste em ficar
na alma ferida;
uma dor pungida
que não tem hora de passar.
Dor é como amor...
só na rima!
sem graça de doer,
fazer sofrer,
fazer chorar
lágrimas secas,
em olhos secos,
na secura de cada dia,
do fundo da alma.
Dor passa com o tempo...
não dos ponteiros
do relógio,
que insistem em rodar,
em paredes solitárias
ou nos pulsos de alguém,
mas com o tempo que ensina,
que faz pensar,
refletir para descobrir
o porquê da dor,
como afugentá-la,
como fazer desdoer
pra nunca mais senti-la,
como fazer da rima
dor-amor,
sair a dor
para ficar apenas,
ainda que solitário,
o amor.
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