
O poeta é um moldador!
Molda com suas tintas,
palavras ditas e distintas
combinando-as umas e outras
com a voz de sua alma.
Como o escultor
ao moldar a argila
o bronze, o ferro, a areia
as palavras tomam formas distintas
daquelas de onde se originaram.
Nada tem o mesmo sentido
na poesia,
na modelagem de palavras
pelo olhar sensível,
pelo coração do poeta.
O poeta é um brincador,
brinca tanto e tantas vezes
com as palavras
que elas se embaralham e
nos embaralhares de suas letras,
tornam-se outras palavras,
outros sentidos
outras lembranças,
ainda que palavras...
Ainda que palavras sejam ditas,
escritas, sentidas ou ouvidas,
nas tintas e nos lábios
do poeta que
brinca, brincando com as tais;
elas nunca serão as mesmas,
pois passaram pelo cerne da alma,
da alma de um poeta
que escreve
e ao escrever sonha,
sente e dá vida
a tudo ao seu redor
numa constante
escultura de palavras
sem perceber,
que com sua poesia
modela o mundo.
Fantástico!!!!
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