
Tem dias que
o aperto na garganta
parece sufocar,
tirando todo o ar
dos pulmões que insistem
em respirar.
Dias em que as lágrimas
brotam dos olhos
como bocejos
de noites mal dormidas.
Vontade louca de gritar,
correr, fugir...
pra onde?
o que fazer?
respostas não chegam,
apertos no coração ferido
solitário, sozinho
sem esperanças
e sem vontade de seguir
rumo ao nada,
ao desconhecido
ao vazio
que insiste em preencher
o ser que sofre.
Preciso de você!
para preencher minha vida,
o que me falta
dia a dia, hora a hora...
pensamentos vem e vão
como o ar respirado,
como a lágrima salgada
que rola pela face,
trazendo-me o susto da solidão,
o medo de caminhar sozinho,
da não construção,
de uma viva vivida, sentida...
quando, olhando para trás
enxergo apenas a bruma
espessa e turva,
sem a certeza do que ficou,
do que foi feito
e do que foi verdadeiramente
sentido,
com sentido.
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